
Questionamentos surgem ao me deparar com determinadas situações. Hoje tivemos mais um de nossos eventos de adoção, pessoas pelas quais temos muita gratidão, que acordaram cedo em um domingo, acreditando que dispor seu tempo e energia para ajudar aqueles animais em necessidade seria mais gratificante do que qualquer praia, ócio ou prazer frugal de um domingo tranquilo. O movimento foi fraco nenhum dos animais levados fechou uma adoção. É sempre uma decepção, um gostinho de derrota, mas somos perseverantes.
No mesmo período, ao passar pela primeira portaria de Villas, me deparo com pessoas expondo animais, segurando alto no meio fio e expondo suas “mercadorias” aos carros passantes. Um deles já negociava o seu “produto” com os ocupantes do carro que estacionou para ver se aquele era um bom “negócio”.
Encostei eu o carro e fui falar com os vendedores, primeiro sobre a proibição de comércio de animais em vias públicas e depois sobre o fato da procriação para comércio com tantos animais nas ruas e em abrigos precisando de um lar. Caras de ironia se entreolharam e uma das moças veio falar alto comigo. Não ia conseguir nada com eles...
Por fim olhei para os compradores em potencial e questionei a eles:
- Por que incentivar esse comércio?
- Por que preferir pagar à pessoas gananciosas que optam por explorar a procriação contínua de animais?
O mínimo que eles deveriam verificar é como os pais dos filhotes são mantidos pois, muitas vezes, as “matrizes reprodutoras” levam uma vida sofrida, confinada e sem afeto, tratados como máquinas que geram lucro e que sem piedade são descartadas, através do abandono ou eutanásia, quando sua “produção” cai e já não justifica os custos de manutenção.
- Por que preferir essa abordagem mercantilista, se a uma distância de 800 m havia uma energia tão do bem voltada a auxiliar animais que não pediram para nascer e que estavam lá em busca de uma chance, custando apenas o preço do amor e cuidados?!
É esse esforço que deve ser prestigiado, são essas pessoas que devem voltar para casa com um sorriso no rosto e as mãos vazias, na certeza que entregaram os animais para pessoas do bem, que vão dar uma vida digna e feliz para esses tão merecedores cães e gatos. É essa turma que se emociona quando recebe notícias e vê seus lindos adotados, dormindo em sofás, caminhas confortáveis, esparramados no colo de seu amado pai/mãe humana. Gente que se importa com o depois porque considera o animal uma vida e não uma mercadoria!
Mais uma vez o poder de mudança está na mão do consumidor. Se não houver demanda, a oferta cessará! Essas pessoas do dinheiro fácil terão que migrar seu “negócio” para outro ramo pois o público não é mais conivente com a exploração animal para fins comerciais.
Destine seu dinheiro para fazer o bem! Com o mesmo valor de apenas adquirir um pet, você mantêm por um bom tempo com boa ração, vacinas, vermifugação e higiene um animal adotado. É uma desnecessidade gastar dinheiro, pois bem se diz que amigo não se compra ADOTA-SE!
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