Embaladas pelo som musical de ritmos sensuais como FUNK, PAGODE, ARROCHA, com letras excitantes, adolescentes, eroticamente chamadas de NOVINHAS, são vítimas desse fenômeno social que é a sexualidade extrapolada ao seu limite e vendido em cada esquina, nas rádios, revistas e televisão como mercadoria de baixo valor.
Contrariando a expectativa de que a era da informação derrubaria tabus culturais nos seios familiares, onde seria mais que natural falar de temas como menstruação, namoro, sexo, virgindade, aborto, anticoncepcionais, com um mundo aberto para esclarecer dúvidas na internet, surpreende em constatações alarmantes e tristes: nunca as questões sexuais na adolescência e juventude foram tão banalizadas e tão perigosas para as questões de saúde pública, com o avanço do comércio do aborto, com medicamentos vendidos clandestinamente num mercador negro caro e cruel, sempre procurado como a primeira alternativa ante uma gravidez não planeja na tenra idade. Ainda as clínicas clandestinas, que abortam de forma inadequada e em estágios da gestação que podem levar à morte essas adolescentes que agora buscam se livrar do estorvo em seus ventres, sem falar nos corredores dos hospitais públicos com um número alarmante de vítimas de ações abortivas mau sucedidas, que podem podem mutilar mulheres que talvez não consigam mais engravidar.
Diante desse quadro de horror, me choca ver uma multidão de defensores desse estado de cultura onde nossas meninas-mulheres são tratadas como mero objetos de desejo, fetiches e taras, com casos registrados de estupros, pedofilia, exploração e abusos sexuais de vulneráveis, espancamentos e mortes. Os defensores das lavagens, dos bailões, das micaretas, dos bailes funks são indiferentes à sociedade que estão ajudando a se firmar, e confesso que me assusto com as possibilidades que se apresentam.
No último sábado, dia 12/10, jornais de grande circulação na região metropolitana de Salvador, publicaram reportagens com os números de gravidez entre as NOVINHAS (adolescentes) na Bahia. De acordo com dados da
Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), somente no estado,
40.350 adolescentes com idades entre 10 e 19 anos tiveram o primeiro
filho em 2012. Os dados se referem apenas a crianças nascidas vivas.
FONTES CONSULTADAS: Jornais: A Tarde/Tribuna da Bahia/Correio da Bahia e www.saiunoblog.blogspot.com.br
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