domingo, 27 de outubro de 2013

APARECIDO, QUE NÃO SEJA ESQUECIDO!!!




O cavalo APARECIDO, o CIDO como ficou conhecido e tratado pelo grupo de protetores que se engajaram na busca de salvar o animal abandonado e mau tratado que vaga pela região entre o Parque Santa e Parque São Paulo, é mais um episódio dessa novela da vida real, que no final, na maioria das vezes não termina com um final feliz esperado. Cido não resistiu à sua crítica situação de saúde e morreu. Mas a morte de Aparecido não passou despercebida como as de tantos outros bichos errantes, assassinados pela crueldade humana, ou pela contaminação e infecção intestinal por conta da ingestão de alimentos estragados, impróprios para o consumo, em avançado estado de decomposição, da carniça de carne podre, nem sob as rodas de veículos que deixam vários cadáveres nas estradas e nos asfaltos de nossas cidades.


Cido tem uma longa história, e parte dessa história começa e termina com um grupo de protetores de animais anônimos, que recebeu no dia 11 outubro denúncia de um cavalo que vagava há muitos dias na Itinga, muito debilitado e com Miíase, se alimentando de lixo e correndo riscos de atropelamento pelos carros que circulam no bairro mais populoso de Lauro de Freitas. Não há dúvidas que o animal vem sofrendo maus tratos e sobrevivendo de restos de comida e de águas sujas até o seu resgate pelo grupo, que conseguiu levá-lo para o CCZ - Centro de Controle de Zoonoses de Lauro de Freitas onde se encontra desde então, resistindo à sua precária situação de saúde bravamente, contanto com a sensibilidade dos técnicos do CCZ e com esforço de voluntários que tem buscado medicamentos e alimentos diariamente para a recuperação de APARECIDO ou CIDO, nome dado ao cavalo, lembrando que no dia 12 de outubro é o dia de NOSSA SENHORA APARECIDA.


Quanto aos Centros de Controle de Zoonoses e instituições ligadas à causa animal, a rede que se formou em prol da assistência a Cido continuará à disposição para contribuir com a causa, que não tem nada a ver com pessoas específicas nem com política partidária, mas com o respeito à vida, seja de pessoas, de gatos, cachorros, cavalos, insetos, o que for. Somos todos um só.



Abaixo texto extraído nas páginas do facebook de Eveli Brito, voluntária protetora de animais de Lauro de Freitas: 


"O caso de Cido, para mim, que estive no sábado o dia inteiro com ele, junto com Ludmila, Graça e outros protetores, se torna um emblema. Temos a mais absoluta clareza de que Cido, não foi o primeiro e o único animal que passou por situação de negligência, maus tratos e abandono aqui no município. Temos também total consciência de que essa problemática não começa e termina nas instâncias públicas. O problema é amplo, crônico e reflete primeiro um valor distorcido sobre a vida, o qual a gente aprende primeiro em casa, com a nossa família. Como historicamente e implicitamente aprendemos nas nossas relações que apenas a vida humana tem valor, então as manifestações de apreço, respeito, cuidado são dirigidas apenas aos seres humanos (quando o são). E, claro, se esse desvio moral ocorre na célula mater em grande escala, obviamente, toda uma sociedade vai estar comprometida. Penso que agora, é o momento de as pessoas que aprenderam a respeitar a vida de um modo geral se mobilizarem para mudar esse cenário nefasto. Essa atitude pode e deve partir do individual para o coletivo. Não existe coletivo sem o indivíduo. Nessa causa, que é tão nobre, não há espaço para pessoas que querem alavancar projetos pessoais, nem é palco para vaidosos. É preciso fazer jus à humanidade intrínseca a nossa raça e não perder de vista que todas as questões que envolvem o desprezo aos animais devem ser observadas de forma técnica, profissional e politizada (entenda-se, consciente, atento e não alienado). "

POR RICARDO VIEIRA


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