sábado, 5 de janeiro de 2013

A desigualdade social em Portão




Belas paisagens naturais e fortes tradições culturais contrastam com o aumento da violência e a criminalidade  em Portão, revelando o quão a desigualdade social afeta a qualidade de vida dos moradores
Cortado em parte pelo Rio Joanes, os habitantes desse histórico lugar  são beneficiados, em alguns pontos, por uma natureza exuberante e rica, não por acaso a localidade conseguiu atrair empreendimentos valiosos,  como a construção de condomínios luxuosos. Essa realidade é bem semelhante algumas cidades do Brasil e da África do Sul, onde ricos condomínios  são cercados de casas humildes e ruas irregulares.



Os grupos de Capoeira, Dança e Hip Hop, as casas de artesanato e a cultura existente nos terreiros de Candomblé marcam os aspectos culturais do Bairro. Contudo,  muitos desses grupos não tem apoio do poder público e sentem dificuldade de ampliar e fortalecer as suas ações. Além disso, a violência comumente deixa  os moradores e comerciantes do Bairro insatisfeitos, bem como também a falta de espaços de lazer, serviços públicos e urbanização adequada. Segue abaixo um poema da aluna do Kleber Pacheco, Gabriela Costa,  que retrata alguns desses problemas.


A RUA QUE EU MORO

No lugar onde moro,
Não tem um puro ar,
Somente poluição
Lixos por todo lugar.

Rua tão solitária
Ninguém quer morar lá,
Não é nem asfaltada,
Não dar nem para sonhar.

Lá tem suas belezas
Mas sobrevive os mais fortes.
Escuto o canto dos passarinhos
E vejo a lua sumir ao norte.

Quando vivo a madrugada
Assistindo TV.
Cinco e meia da manhã
Veja o sol aparecer

Com seus raios ofuscantes
Nas lajes de muitas casas
Lá pra dez horas da manhã
O chão da rua está em brasas

Lá de cima da janela
Vejo gente indo e vindo
Pessoas sempre com pressa ..
Umas sonhando e as outras sorrindo.
Crianças brincam na rua
Jogando gude e empinando pipa

Colocando cor no céu
Querendo ver a rua bonita.

Só que fica muito difícil
Com tudo que nela acontece
A infância vai sumindo
E a cor das casas desaparece

Minha poesia eu termino
Ao falar do que eu quero
Mais alegria aonde moro
É só isso que eu quero.
Jornalismo do Café com Notícias ( Exclusivo)

FONTE: http://cafecomnoticias.com.br/2012/12/11/a-desigualdade-social-em-portao/

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