O Brasil é o único país que registra aumento no número de casos de Aids em todo os mundo, tendo subido em 11% entre 2005 e 2013, alertou agência da ONU em documento divulgado nesta quarta-feira. O uso de drogas tem contribuído para o aumento dos casos, declara o presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia, Érico Arruda.”O uso de droga torna a pessoa mais vulnerável com menor capacidade de decisão e de negociação na hora da atividade sexual em uso de preservativo ou de evitar práticas de muito risco. É um porcentual importante. São jovens de 15 anos a 29 anos, público com maior crescimento da epidemia no Brasil .No ano passado, o país registrou 47% de todos os novos casos contabilizados na América Latina.
Profissionais da área de saúde, portadores do HIV, seus familiares e ativistas na prevenção, combate e cuidados aos infectados da AIDS são unânimes em observar que as campanhas institucionais de prevenção à doença no Brasil, parece passar por um relaxamento por parte das autoridades públicas de saúde. Os números de portadores da imunodeficiência entre jovens e pessoas na melhor idade se multiplicam à medida que a prática sexual entre menores acontece cada vez mais cedo e sem orientações básicas sobre prevenção, o tabu que ainda existe na maioria dos lares e um modelo equivocado, acanhado e ás vezes raso de ensino sobre sexualidade nas escolas são determinantes para o agravamento do quadro nessa faixa etária. Entre as pessoas entre os 50 a 80 anos, a mola motriz é com certeza a redescoberta da atividade sexual pelo avanço na medicina com o viagra e outros medicamentos similares no mercado, além dos repositores hormonais para homens e mulheres e a longevidade alcançada pela população brasileira.
Outro fator tem haver com o comportamento de indivíduos portadores da doença, que negligenciam a contagem de linfócitos CD4, que se refere a carga viral que é uma avaliação quantitativa do RNA do HIV e fornece informações importantes para monitorar a infecção pelo HIV, para orientar o tratamento, para prever a evolução futura da doença e aos riscos de transmissão, ignorando os dados ou simplesmente omitem a seus parceiros sexuais, ou ainda alegam que a taxa viral está sob controle e logo sem oferecer risco de contaminação, disseminando o vírus de forma irresponsável e porque não dizer criminosa.
POR RICARDO VIEIRA
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