sábado, 15 de novembro de 2014

POLICIAIS MILITARES SÃO INTIMADOS A DEPOR SOBRE O CASO DO DESAPARECIMENTO DO JOVEM DAVI FIÚZA NA COMUNIDADE DO CASSANGE




Caso Davi Fiúza: Família será integrada à programa de proteção
Foto: Reprodução/ Facebook

A Polícia Civil, sob o comando do titular da 12ª Delegacia Territorial/Itapuã, Antonio Carlos Magalhães, assumiu, na quarta-feira (12/11), as investigações sobre o caso Davi Fiuza, jovem de 16 anos desaparecido desde o último dia 24 de outubro, na localidade de Vila Verde, mais conhecida como Cassange, na Estrada Velha do Aeroporto, em Salvador. Segundo informações do delegado, policiais da 49ª Companhia Independente de Polícia Militar/São Cristovão foram intimidos a prestar depoimento nos próximos dias para comprovar a suposta participação no sumiço do jovem.

A averiguração será retomada do estágio inicial a partir desse momento, apesar de constar uma queixa, registrada pela madrasta do garoto, desde o dia 27 de outubro na unidade policial. Agentes de investigação estão coletando informações na localidade para obter detalhes da circustâncias do desaparecimento e sobre a conduta do adolescente, conforme esclareceu o delegado. A mãe, Rute Fiuza, e uma irmã de Davi já prestaram esclarecimentos. 

Rute relatou que seu filho foi abordado por policiais militares por volta das 7h30 na rua em que a família vive, a São Jorge de Baixo, na região de Vila Verde. "Ele estava conversando com uma vizinha quando os policiais chegaram. Eu estava em casa e vizinhos ligaram pedindo pra minha outra filha descer correndo porque os PMs estavam levando meu filho. Quando ela desceu ele já tinha sido levado", relatou Rute, que hoje está espalhando cartazes com o valor da recompensa pela cidade. 

Ainda segundo ela, os policiais chegaram em diversas viaturas para prestar apoio a colegas que estavam em veículos descaracterizados, um Sandero cinza e um Gol prata. "Eram muitas viaturas e eles estavam armados. Os policiais eram da Rondesp, da companhia da área e do PETO. Eles entraram nas casas das pessoas, isso já é comum por aqui. Meu filho é a sexta pessoa que desaparece na região, só que todo mundo têm medo de denunciar. Os vizinhos, inclusive, tentaram ajudar. Nós moramos em uma rua pequena, sem saída, eles disseram que todo mundo ali se conhecia, que Davi tem família, mas não adiantou".. A mãe de Davi ainda afirmou que todos os moradores da rua viram a ação dos policiais, que tiraram a camisa do rapaz para vendá-lo e amarraram suas mãos e pés antes de colocá-lo no carro.

"Eu já fui à Corregedoria Geral da PM e eles me informaram que estão investigando o caso e que os policiais plantonistas do dia estão afastados. Eu também estive na 49ª Companhia da Polícia Militar de São Cristóvão, mas até agora ninguém sabe me dizer o que aconteceu com meu filho. Isso é inaceitável, mesmo porque agora as viaturas estão equipadas com câmeras", contou Rute.

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