Para muitos a morte já não causa mais espanto, principalmente quando se trata de jovens em nossa cidade de Lauro de Freitas, mas a violência que nos alcança e à nossos familiares, parente, amigos, colegas, vizinhos e conhecidos, todos os dias, no bairro, na rua onde moramos, nas escolas, faculdades, cursos onde estudamos, nos bares e praças, casas noturnas, estádios e ginásios que frequentamos, nas estradas, vielas, becos, rodovias que transitamos, nos bancos, supermercados, academias onde vamos para consumir produtos e serviços que precisamos, nas igrejas, no local de trabalho e na praia que vamos para nos divertir não faz distinção de cor, idade, classe social, escolaridade, gênero, religião, orientações de quaisquer natureza; e mata de maneira imparcial e democrática, mata inocentes e mata aqueles que julgamos merecedores.
Vivemos dias de angústia, medo, incerteza e revolta pela violência institucional, midiática e sensacionalista, que vende jornais, cria ícones modernos, cria oportunidades de ascensão política, com figuras televisivas, dos rádios e jornais impressos se lançando ou apoiando nomes para concorrer a cargos públicos.
No último sábado, dia 04/10, o assassinato de mais um jovem, Marcos Alves dos Santos, morador do bairro da Itinga, que segundo o dançarino e produtor cultural Deivison Antunes, era trabalhador nas Lojas Insinuantes, querido por familiares e amigos, não tendo informação de algo que desabonasse sua reputação, foi morto de forma cruel e aparentemente sem motivo, vítima da violência banal, que mata e fere todos os dias nossos pais e mães, filhos e filhas, parentes e amigos e nos pensar o quanto é frágil viver em nossos dias, e ter como certeza a possibilidade de sermos nós os próximos a sermos assaltados, baleados, ou termos pessoas próximas nas estatísticas frias e que ainda não conseguirão mudar a forma como a violência e seu combate possam de fato ter uma diminuição em nossa Bahia.
Abaixo, texto extraído das páginas do facebook de Deivison Antunes:
Só de pensar nas vezes que encontrava esse garoto nas ruas, me abraçava e perguntava quando iria ter ensaio. E dizia que queria voltar a dançar. Das vezes que vinha aqui em casa e conversávamos bebíamos vinho. Das vezes em que desabafava comigo por estar com algum problema. Em fim... Muito tempo sem vê-lo e hoje recebo essa triste noticia. Novo, inteligente. Porém vitima de uma violência e de uma realidade que não foi a primeira vez que tive que ser obrigado a acreditar. Meus pêsames e meus sentimentos, não posso deixar de expor por esse menino maravilhoso quem conheceu sabe do que estou dizendo! LUTO por você querido Marcos. (Formigão) que Deus te coloque em um bom lugar e que descanse em na paz do espirito!"
POR RICARDO VIEIRA
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