A nova casa do judô brasileiro sediou o seu primeiro desafio internacional no início da tarde deste domingo (30). O Centro Pan-Americano de Judô, construído em Lauro de Freitas, foi palco de cinco lutas separadas por peso. O evento-teste colocou Brasil e Itália frente a frente, e os brasileiros levaram a melhor, vencendo todos os combates.
Quem teve a chance de subir no shiaijô aprovou o equipamento esportivo, entregue à Confederação Brasileira de Judô em julho deste ano pelo governador Jaques Wagner e pelo ministro dos Esportes, Aldo Rebelo. No entanto, teve gente com mais motivos para comemorar. Para a baiana de Xique-xique, Mayara Oliveira, a emoção de vencer diante da torcida foi ainda mais especial. Ela foi convocada no sábado (29) para substituir compatriota Eleudis Valentim, que sofreu uma lesão no joelho. “É muito bom vencer em casa. A torcida vibrando por mim. Estava nervosa no início, fui a primeira a lutar. Durante a luta me acalmei e consegui vencer. É uma sensação maravilhosa, única”, afirma a atleta de 20 anos, terceira colocada no Brasileiro de Judô de 2014.
Além de Mayara, os brasileiros Marcelo Contini, Mariana Silva, Eduardo Bettoni e Rochele Nunes venceram seus adversários italianos: Leonardo Casaglia, Chiara Carminucci, Davide Pozzi e Débora Sala, respectivamente. A festa pelo grande resultado se estendeu às arquibancadas. Quase duas mil pessoas assistiram ao evento. “Esse espaço é perfeito para esse tipo de evento. Ficou muito bom. Um lugar aconchegante, que com certeza vai fazer parte do lazer de muita gente”, disse o técnico em eletrônica, Luis Anselmo.
Para o professor de judô, Albert Schramm, o evento foi escolhido para um passeio em família. “Isso aqui é um meio importante para que a família esteja presente em um esporte que traz grandes valores, não só para o corpo físico, mas também para a formação educacional e do caráter do indivíduo”, garante o judoca, que assistiu tudo ao lado da filha e da esposa.
Resultado da parceria entre o Ministério dos Esportes, Secretaria Estadual do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), e a Confederação Brasileira de Judô, o novo centro é o primeiro legado baiano das Olimpíadas de 2016. “Ele teve um investimento de 43 milhões de reais, feito pela União e pelo Governo do Estado. A Bahia está sendo destaque no judô nacional, e o governo encara o esporte como uma ferramenta muito importante para a inclusão social”, afirma Nair Prazeres, chefe de gabinete da Setre.
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