Carlos Moreno vai de vendedor de picolés no centro de Lauro a importante cantor e compositor no cenário da música baiana com a mesma empolgação
Quem anda pelo centro da cidade já ouviu o bordão “Mete a mão no malote” e também conhece Carlos Moreno, seu “locutor”. Mas, Carlos Moreno é muito mais que um simples sorveteiro. Carlos é na verdade um multifacetado artista. Em uma breve conversa com ele conhecemos um cantor afinado dono de uma simpatia abaianada e cheio de histórias para contar.
Carlos Moreno que nasceu Carlos Alberto Lopes, fazia hoje 59 anos e nos presenteou em seu aniversário com suas canções e histórias.
Carlos começou a cantar aos 13 anos no bloco Apache do Tororó. Também cantou no clube cruz vermelha, imitando Roberto Carlos ficando em segundo lugar, sendo que o primeiro lugar ficou com nada mais, nada mesmo que Baby Consuelo.
Moreno conta sua trajetória na música baiana, vizinho de Gilberto Gil na Roça do Lobo, ele foi puxador com Ninha no bloco Secos e Molhados, participou da chamada por ele “tentativa” de revitalização da escola de samba da Bahia. “Esse projeto foi e não foi ao mesmo tempo, entrou o dinheiro, mas, o cara se picou pros Estados Unidos” revela Moreno.
Carlos também cantou com a primeira formação do É O Tchan e no projeto Boca de Brasa. Influência musical no axé, ele diz que suas músicas são focadas no cotidiano. “Gosto de cantar sobre o cotidiano baiano, sobre a natureza” conta Carlos, engatando em um trecho de suas canções.
Além das músicas e do famoso bordão, Carlos revela outro fato interessante, ele é conhecido por dar picolé a um cachorro na frente do Caixa Econômica, divertindo quem passa pelo local, muitos transeuntes se aproximam e pagam picolés para o cão. “O Miguel é famoso, ele ficou conhecido como o cachorro chupador de picolé do centro de Lauro. As pessoas acham graça porque ele não pode me ver que chora pedindo picolé” conclui Moreno.
FONTE: www.lauroemfoco.blogspot.com.br
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