terça-feira, 25 de novembro de 2014

SOLDADO DA AERONÁUTICA QUE ATROPELOU E MATOU MÃE E FILHA, DEIXANDO TETRAPLÉGICO GAROTO NA PRAIA DE IPITANGA EM 2009 SERÁ JULGADO AMANHÃ 26-11

Soldado acusado de matar criança e mãe ao participar de racha será julgado nesta quarta
Tiago ficou tetraplégico em consequência das lesões sofridas no crânio e face

Será levado a julgamento popular nesta quarta-feira (26) pelo Tribunal do Júri no Fórum Criminal de Lauro de Freitas, Alisson Luis dos Santos Maia, soldado da aeronáutica acusado de cometer dois homicídios dolosos e lesão corporal grave. De acordo com a denúncia do Ministério Público, Alisson foi responsável pela morte de Adriane Aparecida Urbano Gomes e sua filha Dayane Dias Gonçalves, além de deixar tetraplégico Tiago Dias Gonçalves, ao participar de um racha. Além do comprovado excesso de velocidade, ainda não se sabe qual a procedência do veículo que o réu dirigiu no dia do acidente, 18 de dezembro de 2009. 


O atropelamento das vítimas aconteceu na Rua Ibitiara, na Praia de Ipitanga. O Ministério Público registrou ainda que investigações posteriores deram conta que Alisson não era habilitado a conduzir veículos automotores, e que o carro “que ele conduzia para matar as pessoas tem origem criminosa”, tendo sido comprado na Ilha do Rato, por R$ 16 mil. 

Na denúncia, a promotora de Justiça Maria da Conceição Longo lembra que Alisson conduzia o veículo com placa policial de São Paulo, em alta velocidade quando provocou o atropelo, que foi a causa do homicídio simples de Adriane e da filha Dayane, por hemorragia interna e politraumatismo, conforme evidenciaram os laudos cadavéricos. O menino Tiago Dias Gonçalves sofreu fraturas de crânio e face, o que lhe causou perigo de vida, de acordo com o registrado no exame de lesões corporais. O garoto ficou tetraplégico em decorrência do atropelamento.


Alisson confessou a responsabilidade pela morte de Adriane e Dayane na Ilha do Rato, em Salvador. Mãe e filhos, no momento do acidente, voltavam de um supermercado a pé, e estavam em uma rua residencial. Consta também na denúncia que, após o acidente, o réu não se preocupou em socorrer as vítimas e que um familiar e amigos esconderam o carro em um Lava Jato. Em 2012, a juíza Patrícia Sobral Lopes acatou a denúncia do Ministério Público, entendendo já estar devidamente provada a materialidade do crime e haver indícios de sua autoria. A defesa recorreu, mas a decisão foi mantida pelo Tribunal de Justiça do Estado da Bahia. Cinco anos após o acontecimento, Alisson, que respondia ao processo em liberdade, será levado a júri popular. O promotor de justiça responsável pelo caso é Luciano Valadares, e a defesa, do advogado José Wilson Moreira.


POR RICARDO VIEIRA

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