quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

FAMÍLIA ESTÁ MORANDO NO CORETO NA PRAÇA DA MATRIZ



O processo de desorganização espacial do Centro de Lauro de Freitas tem se agravado com a presença cada vez maior de pedintes, andarilhos, sem tetos, e a população  de rua, viciados em bebidas e outras drogas assustam os visitadores e frequentadores da localidade, com uma visão de sujeira, bebedices, brigas e confusões envolvendo guardadores de carros, portadores de deficiências mentais e usuários de drogas, a maioria pessoas que não tem moradias ou abriram mão de estarem em seus núcleos familiares. As histórias são muitas, os motivos também para um número cada vez maior de pessoas vivendo nas ruas ou simplesmente optando estarem nesses ambientes mesmo tendo casas.

No coreto que fica na Praça da Matriz, em frente ao anexo da Prefeitura Municipal de Lauro de Freitas onde estão instaladas a Câmara de Vereadores e o Gabinete do Prefeito e onde transitam muitos moradores e visitadores da cidade, um grupo formado por sem tetos, cerca de 05 (cinco) indivíduos estão morando no local, a alguns meses segundo declarou Ama Lúcia da Silva e seu companheiro Altamiro Santana Filho de  39 anos de idade, artesão e artista plástica. Ambos declararam que tiveram seus documentos roubados e vivem de bicos e de catar o sustento no lixo. Recentemente   uma senhora de 77 (setenta e sete) anos, de nome Jesuina Maria de Jesus foi acolhida no grupo no mês de janeiro.  Dona Jesuina é chamada de "MÃE" por seus pares e alega ter fugido do abrigo para idosos que fica no bairro de Roma em Salvador deixando lá todos os documentos e um processo de aposentadoria. A idosa diz que veio a pé e se sente amada e protegida pela nova família, apesar de apresentar problemas de saúde que tem despertado a preocupação de Ana Lúcia. que pede ajuda para cuidar da anciã.  

As questões envolvidas nesses casos são complexas e delicadas mas requerem celeridade, sensibilidade no cuidado, até para que a cidade não sofra as consequências e prejuízos sociais advindos da negligência com os desfavorecidos que moram ou estão nas ruas, vulneráveis às desventuras  como violência, doenças e a invisibilidade social.  

POR RICARDO VIEIRA



As necessidades fisiológicas são feitas no lugar e nas proximidades, sendo usado pelo grupo uma torneira que serve para molhar a grama e plantas para banho.




Jesuina Maria de Jesus, 77 anos diz ter fugido a pé do abrigo de idosos localizado no bairro de Roma/SSA


Com uma rede, colchões e colchonetes a família dorme ao relento temerosos de violência 

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