segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

NO DIA MUNDIAL DE LUTA CONTRA AIDS ONU PEDE COMPROMISSO MUNDIAL PARA ACABAR COM A DOENÇA ATÉ 2030


Reprodução

No Dia Mundial de Luta contra a Aids, comemorado nesta segunda-feira (01), a ONU pede a líderes mundiais que se comprometam a acabar com a Aids até 2030, por meio da iniciativa Abordagem Rápida, lançada na última semana.“Apelo aos líderes mundiais para se unirem nessa causa comum. Há uma luz no fim do túnel. Estabelecemos uma meta concreta. Vamos todos acabar com a Aids até 2030” apelou o secretário Geral da ONU, Ban Ki-moon em comunicado oficial.

Segundo a Agência Brasil Ki-moon acredita que estejam no caminho certo na luta contra a doença. "Quase 14 milhões de pessoas em todo o mundo estão recebendo tratamentos contra a Aids. Conseguimos reduzir novas infeções em 38%, desde 2001”, acrescentou o secretário que destacou ainda a importância de mais apoio no combate da doença, para ele, os sistemas médicos por si só não são suficientes para garantir "cuidados de SAÚDE robustos”. Outra preocupação são os portadores que não sabem que têm a doença, de acordo com a ONU existem 35 milhões de pessoas vivendo com o Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV, na sigla em inglês) hoje em dia e cerca de 19 milhões delas não têm conhecimento de que contraíram o vírus. "Existem lacunas importantes na nossa resposta a grupos-chave. Duas em cada três crianças necessitam de tratamento e não dispõem dele. 

As mulheres jovens são particularmente vulneráveis em muitos países com prevalência alta de HIV. A epidemia da Aids está aumentando no Leste da Europa, na Ásia Central e no Oriente Médio, alimentada pelo estigma, a discriminação e as leis punitivas. Ainda assim, o trabalho essencial dos sistemas de comunidade e organizações de apoio muitas vezes não dispõe de apoio. Não podemos deixar ninguém para trás", declarou Ki-Moon. A Aids é a primeira causa de mortalidade na África e a quarta no mundo. O Dia Mundial de Luta contra a Aids tem o objetivo de alertar as populações quanto à necessidade de prevenção e de precaução contra o vírus, que ataca o sistema imunológico.

No Brasil


O Brasil é o único país que registra aumento no número de casos de Aids em todo os mundo, tendo subido em 11% entre 2005 e 2013, alertou agência da ONU em documento divulgado nesta quarta-feira. O uso de drogas tem contribuído para o aumento dos casos, declara o presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia, Érico Arruda.”O uso de droga torna a pessoa mais vulnerável com menor capacidade de decisão e de negociação na hora da atividade sexual em uso de preservativo ou de evitar práticas de muito risco. É um porcentual importante. São jovens de 15 anos a 29 anos, público com maior crescimento da epidemia no Brasil .No ano passado, o país registrou 47% de todos os novos casos contabilizados na América Latina.

Profissionais da área de SAÚDE, portadores do HIV, seus familiares e ativistas na prevenção, combate e cuidados aos infectados da AIDS são unânimes em  alertar que as campanhas institucionais de prevenção à doença no Brasil, parece passar por um relaxamento por parte das autoridades públicas de saúde. Os números de portadores da imunodeficiência entre jovens e pessoas na melhor idade se multiplicam à medida que a prática sexual entre menores acontece cada vez mais cedo e sem orientações básicas sobre prevenção, o tabu que ainda existe na maioria dos lares e um modelo equivocado, acanhado e ás vezes raso de ensino sobre sexualidade nas escolas são determinantes para o agravamento do quadro nessa faixa etária. Entre as pessoas entre os 50 a 80 anos, a mola motriz é com certeza a redescoberta da atividade sexual pelo avanço na medicina com o viagra e outros medicamentos similares no mercado, além dos repositores hormonais para homens e mulheres e a longevidade alcançada pela população brasileira.

Outro fator tem haver com o comportamento de indivíduos portadores da doença, que negligenciam a contagem de linfócitos CD4, que se refere a carga viral que é uma avaliação quantitativa do RNA do HIV e fornece informações importantes para monitorar a infecção pelo HIV, para orientar o tratamento, para prever a evolução futura da doença e aos riscos de transmissão, ignorando os dados ou simplesmente omitem a seus parceiros sexuais, ou ainda alegam que a taxa viral está sob controle e logo sem oferecer risco de contaminação, disseminando o vírus de forma irresponsável e porque não dizer criminosa. Com informações do Bahia Noticias.


POR RICARDO VIEIRA



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