A herança indígena da secular Santo Amaro de Ipitanga sempre foi obscura durante séculos de história dessas terras. Basta lembrarmos dos primórdios ancestrais do período do Brasil Colônia e vamos perceber o óbvio, tínhamos índios nessas paragens como em toda costa brasileira e sertões. A nação tupinambá habitava todo o litoral norte baiano, mas pouco se tem dos registros desse povo esquecido dessa região e de nossa terra de Ipitanga, nome indígena do rio que corta a cidade que batizou nosso município.
Temos hoje em Lauro de Freitas urbana uma reserva Reserva Thá-fene com indios Reserva Thá-fene, oriundos dos Estados de Alagoas e Pernambuco erradicados na região do Quingoma, onde se instalaram e mantém vivas as tradições de um povo oprimido e disperso pela ocupação colonial.
Com essa perspectiva e atendendo leis de valorização das culturas étnicas que resultaram na construção da identidade do povo brasileiro, a Prefeitura Municipal de Lauro de Freitas, promoverá um grande movimento para apresentar aos alunos da rede municipal a cultura indígena de nossa cidade.
Abaixo texto extraído do DECOM/PMLF:
Destinadas a estudantes da Escola Municipal do Quingoma, as oficinasserão realizadas a partir do dia 11 de setembro e seguem até dezembro, quando acontecerá a culminância. Entre as modalidades estão pintura, sementes, canto/dança e contação de histórias indígenas realizadas na Reserva Thá-fene. Os índios Wakay e Limbo serão os mediadores.
“O objetivo primordial do projeto é valorizar e difundir as tradições indígenas em Lauro de Freitas, com ênfase na cultura dos Kariri-Xocô e Fulniô, contribuindo com a aplicação efetiva da Lei nº 11.645 (que inclui no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”)”, afirma o coordenador do Projeto, Victor Kizza.
De acordo com o também coordenador da iniciativa, Tássio Revelat, será fomentada a prática da Educação Ambiental, bem como a utilização das novas tecnologias educacionais.
Segundo a diretora da Escola, Suely Sena, mais de cem alunos participarão das ações. “Aqui temos alunos do movimento sem terra, de famílias quilombolas e indígenas, que vivem no entorno do lixão e certamente esse projeto contribuirá para o desenvolvimento e a aprendizagem significativa deles”.
POR RICARDO VIEIRA
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